Tuesday, August 28, 2007

É nós, em Sampa



Cheguei em São Paulo , pensando em voltar logo após nossa apresentação na Cinemateca, mas, aí Zeh Rocha chegando de Recife, me convida pra uma participação em seu show no Sesc Ipiranga nessa sexta 31/09. De cara topei a parada e tamos aqui.O pessoal de Santo André nos acolheu muito bem, de cara rolou aquela feijoada oferecida pelo Cilinho e Nery Silvestre, produtor de Zeh Rocha, todo pessoal aqui de SA tem um pezinho no nordeste e nos deixa em casa, tudo gente como a gente, muito massa.
Enquanto isso estivemos com Pedro Osmar que participou do show no Sesc Consolação dia 22, e nos convidou a conhecer a Arca, uma associação de artista e músicos de Ribeirão Pires cidade do grande ABC. Esse pessoal realiza trabalho muito bacana, formando e disponibilizando material para a formação artística dos jovens dessa cidade de clima serrano, na verdade muito frio pra gente. Pedro Osmar abriu a noite com recital de poesias de poetas paraibanos,a começar por Augustos dos Anjos, passou por Jomar Souto até chegar a formação do Jaguaribe Carne.Um vídeo patrocinado pelo Itau Cultural documenta o grupo dos anos 70 que até hoje permanece em atividade, esteja Pedro Osmar onde estiver.Fechamos a noite com muita música e tocamos eu , Zeh Rocha e o Pedro Osmar terminamos criando com o público uma roda de ciranda e a noite de céu aberto completou a cena. Depois durante a semana estivemos com Vicente Barreto, o grande compositor baiano, as pessoas lembram dele sempre como o autor de morena Tropicana, mas o cidadão tá com um show pronto só de pedradas, parcerias com Paulo Cesar Pinheiro,Carlos Rennó. E aí, ele e Zeh Rocha, parceiros também que não se viam a mais de dez anos, se reencontraram e foi um festival de canções de mestres, isso, estávamos diante de um momento de arte no seu estado mais vigoroso, quando se faz música pelo simples prazer de mostrar ao amigo e ouvir de volta o que outro vem fazendo, demais. De quebra, ainda tivemos a grata surpresa de conhecer o Rafael Barreto que tá com trabalho maduro, seguindo a verve brasileira do pai e o violão trabalhado, muito bom.
Hoje vamos ao CityBank Hall ouvir a Orquestra Popular de Recife sob a batuta do maestro Ademir Araújo e Lenine. depois falo como foi o calor do carnaval de Recife no frio de São Paulo.

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